TEORIA DE DARWIN
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Em 1931, o naturalista inglês Charles Darwin embarcou no navio H. M. S. Beagle em uma viagem ao redor do mundo. Durante os cinco anos de duração da viagem Darwin visitou diversos locais da Austrália e da América do Sul, inclusive o Brasil. Em uma parada no arquipélago de Galápagos, localizado no Oceano Pacífico, a cerca de 800 km da costa do Equador, Darwin ficou impressionado com as pequenas variações na morfologia de espécies de animais e plantas encontras em cada uma das pequenas ilhas. Após seu retorno para a Inglaterra, Darwin desenvolveu uma explicação para a adaptação e especialização dos seres vivos: a seleção natural.
Na metade do século XIX, Darwin esboçava sua teoria da seleção natural, quando Alfred Wallace lhe enviou uma carta que falava de uma teoria semelhante, desenvolvida por ele. Ambas foram apresentadas à sociedade científica da época. No final de 1959, a publicação de A origem das espécies, por Charles Darwin, explicava, em detalhes, a evolução das espécies através da seleção natural, e também apresentava provas que levam a aceitação de sua teoria até hoje.
A seleção natural proposta por Darwin e Wallace é um processo pelo qual as características hereditárias que contribuem para a sobrevivência e a reprodução dos organismos tornam-se comuns em gerações sucessivas de uma população, enquanto que as características prejudiciais se tornam mais raras. Isto ocorre porque indivíduos com características vantajosas tem mais sucesso na reprodução, transmitindo estas características para as gerações seguintes. Para exemplificar este processo, imagine dois insetos de uma mesma espécie com variações em seu padrão de cor, sendo um de coloração esverdeada e outro de coloração alaranjada. Suponha que estes insetos habitem as folhas de árvores e que são predados por certas espécies de aves. Seus predadores, naturalmente, terão mais dificuldade para detectar os insetos verdes nas folhas, capturando, então, àqueles laranjas. Dessa forma, o ambiente atua selecionando os insetos verdes, cujas chances de sobrevivência e reprodução serão maiores.confira a figura abaixo.
TEORIA DE LAMARCK
Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida mais simples surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um estágio de maior complexidade e perfeição.
O livro Filosofia Zoológica introduzia duas leis propostas por Lamarck. A primeira leia era a Lei do uso e desuso: os organismos tendiam a desenvolver os órgãos que mais usavam e entrava em desuso aqueles órgãos que eram menos utilizados. A inutilização de certos órgãos e utilização massiva de outros órgãos estaria intrinsecamente ligada às mudanças no ambiente em que o organismo estava inserido.
A segunda lei era a Lei de transmissão dos caracteres adquiridos: as características dos órgãos mais utilizados e dos menos utilizados iriam ser passados para as gerações futuras.
Alguns exemplos das leis de Lamarck chegaram a ser propostos como o pescoço das girafas. Ao tentarem se adaptar ao meio em que viviam e para se alimentar melhor das folhas que ficam nas partes mais altas das árvores, as girafas começaram a esticar seus pescoços. Esta característica e a necessidade de comer folhas em locais mais altos foram transmitidas por várias gerações.
Quando proposto, as teorias de Lamarck foram bastante rejeitadas pela comunidade científica da época. Ainda não sabiam sobre as questões envolvendo heranças genéticas e todas as espécies eram vistas como imutáveis, ou seja, suas características eram as mesmas desde sempre e não passavam por mudanças.
Outra questão que coloca o Lamarckismo em cheque é a verificação dos caracteres adquiridos. Basicamente, condições que os organismos passam a exercer não são transmitidos para as gerações futuras; por exemplo, alguém que faça atividades físicas e desenvolva músculos não passará essa característica (de ter músculos desenvolvidos) para seus filhos e netos. Uma girafa que esticava seu pescoço não passaria essa característica (de esticar seu pescoço) para as gerações futuras.
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