sexta-feira, 25 de agosto de 2017

REINO FUNGI

Reino Fungi é formado pelos fungos que conhecemos como mofos, bolores e cogumelos. Eles são seres eucariontes podendo ter uma ou mais células, unicelular e pluricelular respectivamente. Eucariontes são os seres que, em suas células, possuem a carioteca, uma membrana que separa o núcleo (que contém o material genético) do citoplasma da célula (onde ficam as demais organelas). Os fungos têm muitas interações com o ser humano. Eles são usados na medicina (base do antibióticopenicilina), são diretamente consumidos na alimentação como shimeji e champignon ou indiretamente consumidos como em pães e bebidas alcoólicas, pois são usados para fermentação; e podem causar doenças como a micose.

Todos os seres desse reino são heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimento, precisando de obter energia de outros lugares. Para isso eles podem se associar com outros seres, por exemplo algas e raízes de plantas formando na ordem os líquens e as micorrizas. Nessas associações os fungos conseguem alimento e fornecem alguns nutrientes beneficiando os dois seres (mutualismo). Eles também se alimentam de materiais em decomposição e podem ser parasitas. Os fungos realizam digestão extracelular, liberação enzimas que digerem o alimento que é absorvido e distribuído pelo corpo por difusão.

Os fungos fazem respiração aeróbia utilizando oxigênio na troca gasosa. Porém alguns são capazes de respirar mesmo na ausência de oxigênio fazendo respiração anaeróbia, ou fermentação, como no caso das leveduras que ao invés de oxigênio acabam usando açúcar para obtenção de energia.

Os seres pluricelulares, como os cogumelos, apresentam o corpo de frutificação (parte que fica acima do solo e é visível a olho nu). Abaixo do solo estão as hifas que se fixam no solo como se fossem raízes e juntas formam o micélio. É das hifas que surgem os corpos de frutificação. Os fungos unicelulares são as leveduras (usadas para fermentação).

A reprodução dos fungos pode ser tanto sexuada quanto assexuada. A sexuada acontece somente em fungos pluricelulares onde ocorre a troca de material genético através da fusão de hifas. A reprodução assexuada pode ser feita tanto por fungos unicelulares quanto pluricelulares. Na sexuada não ocorre troca de material genético e pode ocorrer nos seres unicelulares por meio de brotamento no qual um novo ser brota no corpo de outro já existente e se solta depois de um período. Nos seres pluricelulares ocorre por separação dos micélios, que se desprende do indivíduo principal e dá início a outros seres e por esporulação, no qual ocorre a dispersão dos esporos que estão nos corpos de frutificação.

Dentro desse reino existem quatro grandes divisões com grandes relevâncias ao ser humano: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota.
O primeiro inclui fungos pluricelulares fazendo parte os bolores, mofos e os fungos que fazem associação com raízes de plantas. Os ascomicetos podem ser uni ou pluricelulares e incluem as leveduras e os que fazem associação com algas. Dentro dos basidiomicetos estão os cogumelos, fungos pluricelulares. Os deuteromicetos são fungos que só fazem reprodução assexuada e estão nessa divisão os fungos causadores de doenças como micoses, candidíase e frieiras.

REINO PROTISTA

Reino Protista inclui os protozoários, propriamente ditos, e algumas algas. Protozoários são, em sua grande maioria, microscópicos seres eucariontes (possuem carioteca) e heterotróficos que vivem em ambientes aquáticos e úmidos. Eles podem viver sozinhos ou formar colônias tendo nestes uma diferenciação das células especializadas de reprodução.

A digestão desses seres é intracelular. Eles lançam pseudópodes (projeção da membrana celular) para englobar o alimento. Dentro dessa bolsa, fagossomo, onde fica o alimento são lançadas enzimaspara digestão. Quando o fagossomo está com enzimas passa a ser chamado de fagolisossomo, lançando o que não foi digerido para fora da célula. Além do vacúolo (bolsa) para digestão, os protozoários também têm um vacúolo que regula a entrada e saída de água (vacúolo contrátil), uma vez que eles não têm proteção física contra perda de água. Esse controle é chamado de osmorregulação.



Eles se reproduzem de forma assexuadapelo processo chamado de bipartição (cissiparidade ou divisão binária), quando um indivíduo se divide em dois. Há também os que se reproduzem sexuadamente. Nesse caso os indivíduos ficam lado a lado para trocar o material genético, guardam e depois de se separarem, se dividem formando novos indivíduos.

Os protozoários são classificados conforme o movimento usado para a locomoção. Os Sarcodina se locomovem por pseudópodes, os Mastigophora por flagelos (filamentos longos), os Ciliophora por cílios (filamentos curtos) e Sporozoa que não tem nenhuma estrutura para se locomover.

Esses seres são responsáveis por diversas doenças nos seres humanos, como por exemplo, a doença de Chagas (causada pelo Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro), a leishmaniose(causada pelo Leishmania brasiliensis e transmitida pelo mosquito palha), a malária (causada pelo Plasmodium sp. e transmitida pelo mosquito Anopheles).

Dentro dos protistas classificados como algas estão seres que formaram endossimbiose. Este processo ocorre quando um ser engloba outro e este passa a viver lá dentro em uma relação na qual os dois seres saem ganhando. As algas desse reino são seres uni e pluricelulares que vivem em ambientes aquáticos e fazem fotossíntese e por causa da endossimbiose podem ter os mais diversos tipos de clorofila.
Elas formam seis filos: DinophytaEuglenophytaHaptophytaRysophytaRhodophyta e Chlorophyta. Alguns impactam mais o homem do que outros.

O primeiro deles, os dinoflagelados, tem dois flagelos e abaixo da membrana plasmática contém placas duras de celulose, e o número e a forma como elas estão os identifica. Em condições ambientais desfavoráveis eles podem formar cistos para que resistam e possam ir para outros ambientes e ás vezes formam a conhecida maré vermelha.

REINO MONERA

O Reino Monera compreende as bactérias e as cianobactérias, organismos unicelulares procariontes (sem membrana nuclear que envolve o material genético em uma série de organelas como as que existem nas células dos outros seres vivos). 

Os procariontes são classificados em dois grupos, baseados na análise do RNA e em outras características: Archaea (arqueobactérias) e Bactéria, ou Eubactéria. Estes primeiras, com um número pequeno de representantes, geralmente vivem em ambientes extremos, como gêigeres, águas extremamente salinas, tratos digestórios e pântanos.
Dependendo da literatura consultada, os grupos Archaea e Eubacteria podem ser considerados como sendo Reinos; ou Domínios.As cianobactérias, pertencentes ao grupo das Eubacterias, formam colônias através de células que se apresentam isoladas ou agrupadas; e possuem uma membrana plasmática que envolve o citoplasma gelatinoso. 
A sede da síntese de proteínas é formada pelos ribossomos, encontrados no citoplasma. 
 O material genético é formado por cromossomos dispersos no citoplasma. São encontradas lamelas membranosas contendo pigmentos fotossintetizantes, na porção periférica do citoplasma: xantofila (amarelo), caroteno (avermelhado), clorofila (verde), ficocianina (azul). 

As cianobactérias são encontradas em água doce, água salgada, troncos de árvores, rochas, fontes termais e reproduzem-se assexuadamente por bipartição ou cissiparidade. 
   As bactérias são encontradas na água, no ar, no solo, nos objetos, na superfície e no interior de outros seres vivos. As bactérias podem ser heterótrofas ou autótrofas. As heterótrofas podem realizar os vários tipos de fermentação e vários tipos de respiração, como a aeróbia e a anaeróbia. 

Dentre as autótrofas existe grande diversidade de mecanismos, como a quimiossíntese e a fotossíntese. As bactérias reproduzem-se assexuadamente por bipartição. Processo este, que origina em milhares de outras bactérias, dependendo das condições ambientais adequadas. Apresentam formas diversas como: cocos (esféricas), bacilos (alongadas), espirilos (em forma de espiral), e vibriões (forma de vírgula).


PARÓDIA EXPLICANDO UM POUCO MAIS.

VÍRUS

Os vírus (do latim “veneno” ou “toxina”), são denominados de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de células. Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem célula e metabolismo próprio. Entretanto, em virtude da capacidade de se autoduplicar e possuir variabilidade e ácidos nucleicos, outros especialistas consideram esses organismos como seres vivos.

→ Estrutura do vírus
Com a visualização dos vírus, foi possível conhecer sua estrutura, que é relativamente simples quando comparada com a das células eucarióticas, por exemplo.Esses organismos são formados por duas partes principais: o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA, raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo).
O capsídeo pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma similar a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12 vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o herpesvírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo de vírus são os bacteriófagos.
Alguns vírus possuem, além do capsídeo, outra estrutura que reveste o vírus denominada de envelope. O envelope viral, que é constituído por lipídios, proteínas e carboidratos, é formado a partir da membrana da célula infectada. Como exemplo de vírus envelopado, podemos citar o HIV, o vírus causador da AIDS.

Observe a estrutura de um vírus envelopado


→ Replicação viral
Os vírus reproduzem-se apenas no interior da célula de um hospedeiro, uma vez que não possuem metabolismo próprio. Ao atingir uma célula e parasitá-la, uma série de processos ocorre até que o vírus consiga fazer com que a célula trabalhe a seu favor.
De uma maneira geral, podemos dividir a replicação viral nas seguintes etapas:
1- Adsorção: Etapa em que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;
2- Penetração: Etapa em que o vírus adentra a célula;
3- Desnudamento: Etapa em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do material genético;
4- Transcrição e tradução: Etapa em que ocorre a formação de proteínas dos vírus;
5- Maturação: Ocorre a formação de novas partículas virais;
6- Liberação: Vírus sai do interior da célula pronto para parasitar outras;
→ Exemplos de doenças causadas por vírus
Os vírus podem infectar qualquer ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até pluricelulares, como os humanos. A infecção nos humanos é responsável por várias doenças. Veja a seguir alguns exemplos de infecções virais:
AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana)
Catapora – Agente etiológico: Varicela-zóster
Gripe – Agente etiológico: Influenza
Herpes bucal – Agente etiológico: HSV-1 (Vírus Herpes Simples tipo 1)
Herpes genital – Agente etiológico: HSV-2 (Vírus Herpes Simples tipo 2)
Poliomielite – Agente etiológico: Poliovírus
Raiva – Agente etiológico: Vírus da raiva
Resfriado – Agente etiológico: Rinovírus e outros tipos
Rubéola – Agente etiológico: Vírus da Rubéola

TAXONOMIA

Reino-filo-classe-ordem-família-gênero-especie 

O sistema natura de Lineu

Em 1735, o cientista sueco Carl von Linné, ou Lineu, (1707-1778) propôs um sistema de classificação que ficou conhecido por sistema natural. Lineu era bastante religioso e sua proposta buscava reproduzir o que ele acreditava ser a ordem divina da criação dos seres vivos.Lineu classificou uma enorme variedade de seres vivos e, por isso, é considerado por muitos o “pai” da taxonomia moderna. Lineu acreditava que os seres vivos haviam sido criados por Deus e, portanto, que as espécies não mudavam ao longo do tempo. A partir da teoria de Darwin sobre a seleção natural, como veremos no próximo capítulo, um novo critério para classificação teve de ser adotado, para que fossem consideradas as relações de parentesco evolutivo das espécies. Esse critério deveria, portanto, considerar que as espécies se transformam ao longo do tempo.                                                                    Essa mudança implicou em novas interpretações da taxonomia e da nomenclatura propostas por Lineu, muito embora as bases propostas por ele ainda sejam usadas.

As categorias de classificação – Grupos taxonômicos

As categorias de classificação dos seres vivos (grupos taxonômicos) propostas por Lineu, e usadas até hoje, são: espécie, gênero, família, ordem, classe, filo e reino (da menos abrangente para a mais abrangente).
Espécie é um grupo de organismos semelhantes que, em condições naturais, são capazes de acasalar e produzir descendentes férteis. 
Quando diferentes espécies apresentam muitas semelhanças entre si, elas são reunidas em um grupo mais abrangente, formando uma nova categoria, chamada gênero.                                                                                                                                                                   São conhecidas, atualmente, por volta de um milhão e setecentas mil espécies de seres vivos. Para nomeá-las, utiliza-se o sistema de nomenclatura criado por Lineu. no qual cada espécie apresenta um nome científico. De acordo com esse sistema de nomenclatura, que obedece a certas regras, os nomes científicos são formados por duas palavras, em latim. Por esse motivo também é conhecido por sistema binomial.

Duas palavras indicam o nome científico da espécie. A primeira palavra indica o gênero a que o organismo pertence e deve começar com letra maiúscula. A segunda palavra deve começar com letra minúscula e sempre vir acompanhada da primeira. Os nomes científicos devem aparecer destacados do resto do texto, podendo ser escritos em itálico, em negrito ou grifados.Quando se conhece apenas o gênero, costuma–se colocar “sp.’ que significa uma “espécie do gênero”, e deve vir sem nenhum destaque (itálico, negrito ou grifo). Por exemplo, leão e tigre podem ser chamados de Panthera sp. Os nomes populares são aqueles usados em conversas ou textos informais, sem caráter científico. Como os nomes populares podem variar de uma região para outra, os nomes científicos são mais indicados para se fazer classificações, pois são universais, ou seja, são iguais em qualquer região do planeta. Por exemplo: macaxeira, aipim e mandioca-mansa são diferentes nomes populares usados no Brasil para se referir à planta Manihot esculenta.                                                                                   
Para entender melhor o sistema natural de Lineu, veja um exemplo com três espécies brasileiras, cujos nomes populares são: raposa-do-campo, graxaim–do-campo e cachorro-do-mato.

De acordo com o sistema natural de classificação de Lineu, um conjunto de diferentes gêneros com organismos que apresentam características em comum são agrupados em outra categoria, mais abrangente, chamada família. Os gêneros a que pertencem a raposa-do-campo, o graxaim-do-campo e o cachorro-do-mato são semelhantes o suficiente para serem agrupados em uma mesma família, chamada Canidae (do latim canis = cão; e o sufixo idae = relativo à família).                                                                                                  Para Lineu, além das três categorias de classificação já mencionadas – espécie, gênero e família existem outras mais abrangentes: ordem, classe, filo reino.                                                                                                                                                                  ordem compreende as diferentes famílias que apresentam seres vivos com algumas características em comum. Um panda e uma raposa, por exemplo, pertencem a famílias diferentes, porém se agrupam na mesma ordem: Carnivora (do latim carne = carne; vorare = devorar). Outra ordem de animais é a dos primatas, que inclui, além dos seres humanos, os gorilas, os chimpanzés, os orangotangos e todos os macacos conhecidos, entre outros animais.
classe reúne as diferentes ordens que apresentam seres vivos com algumas características em comum. Os animais da ordem Carnívora e os animais da ordem dos Primatas pertencem à classe Mammalia (ou mamíferos). Essa classe reúne todos os animais que apresentam, entre outras características, glândulas mamárias (mamas) e pelos distribuídos pela superfície do corpo.
filo compreende as diferentes classes que apresentam seres vivos com características em comum. Os mamíferos, por exemplo, pertencem ao filo Chordata (Cordados). 
reino é a categoria mais abrangente e compreende os diferentes filos que apresentam seres vivos com características em comum. No caso do filo dos Cordados, todos pertencem ao reino Metazoa ou Animal.
Além das categorias propostas por Lineu, utiliza-se hoje uma mais abrangente, que pode agrupar reinos de seres vivos, chamada DomínioNo caso do reino Metazoa, do reino Proctista, do reino Plantae e do reino Fungi, todos pertencem ao domínio Eukarya.
O esquema a seguir mostra a posição da raposa-do-campo nos diferentes grupos taxonômicos, junto a outros exemplos de espécies de seres vivos.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

TRABALHO DE BIOLOGIA

Trabalho realizado pelas alunas: Ana Beatriz, Kalila, Rafaela e Yanka.

Doenças causadas por: vírus, bactérias, protozoários e fungos.



domingo, 14 de maio de 2017

ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA








Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.
   Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas.
   Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de   cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.
   Em 1836, de volta  à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da seleção natural, livro publicado em 1859.
   A grande contribuição de Darwin para a teoria da evolução foi a idéia da seleção natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações que podem ser passadas para as gerações seguintes.
   No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e pescoço longo.    Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao meio ambiente. [...]
   A idéia seleção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo, porém surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores  descobriam esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.
As etapas da evolução humana:
Primatas: Os mais antigos viveram há cerca de 70 milhões de anos. Esses mamíferos de pequeno porte habitavam as árvores das florestas e alimentavam-se de olhas e insetos.


Hominoides: São primatas que viveram entre aproximadamente 22 e 14 milhões de anos atrás. O procônsul, que tinha o tamanho de um pequeno gorila, habitava em árvores, mas também descia ao solo; era quadrúpede, isto é, locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente do procônsul, okenyapiteco às vezes endireitava o corpo e se locomovia sobre as patas traseiras.



Hominídeos: Família que inclui o gênero australopiteco e também o gênero humano. O australopiteco afarense, que viveu há cerca de 3 milhões de anos, era um pouco mais alto que o chimpanzé. Já caminhava sobre os dois pés e usava longos braços se pendurar nas  árvores. Mais alto e pesado, oaustralopiteco africano viveu entre 3 milhões e 1 milhão de anos. Andava ereto e usava as mãos para coletar frutos e atirar pedras para abater animais.

Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo. Viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos atrás. Fabricava instrumentos simples de pedra, construía cabanas e, provável,ente, desenvolveu, uma linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados na África.



Homo erectus: Descente do Homo habilis, viveu entre 6 milhões de anos e 150 mil anos atrás. Saiu da África, alcançando a Europa, a Ásia e a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com  peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.


Homem de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30 mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros homens modernos e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.

Homo sapiens:  Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-se do homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura.